Abril/2017
Cursos de Engenharia da Ulbra desenvolvem projetos sustentáveis
Foto:Larissa Ferreira
O coordenador dos cursos de Engenharia Química e de Produção, Luis Sidnei Machado, destaca que as engenharias têm a característica de realizar trabalhos em conjunto, pois sempre surgem demandas para todas as áreas. Assim, há o projeto que está sendo desenvolvido para a implantação de paradas acessíveis, para portadores de necessidades especiais em Canoas, que tem parceria com os alunos de Design.
São realizados trabalhos com parcerias de empresas, como a Siemens, Mitsubishi e Braskem, na área de Pesquisa, Ensino e Extensão. O coordenador da Engenharia Elétrica e Tecnólogo de Automação Industrial, Renato Ely Castro, destaca a importância dos alunos e egressos e das empresas que muitas vezes procuram a Universidade para a solução de problemas internos: “Apesar da dificuldade, os alunos se dedicam. Se não fosse por eles, não conseguiríamos tocar nossos projetos. E também das empresas parcerias, que desenvolvem os laboratórios”.
Apesar do grande interesse e empenho dos alunos, os coordenadores afirmam que poucos têm disponibilidade de participar dos projetos nos laboratórios durante o dia, pois muitos trabalham para pagar a graduação. Outro ponto destacado pelos professores é a importância dos projetos, para que os alunos adquiram experiência e conhecimento na prática das atividades. “Os projetos de extensão são importantes, pois os alunos muitas vezes chegam ao final do curso sem nenhuma experiência e isso é prejudicial para que entrem no mercado depois. Com os projetos eles acabam adquirindo um pouco da experiência”, finaliza Machado.
Os cursos de Engenharia da Ulbra, campus Canoas, oferecem cursos de Extensão e Pesquisa na área de Saneamento, Meio Ambiente e Acessibilidade para alunos bolsistas e voluntários e, também, egressos da Universidade que se dedicam a área de pesquisa.
O projeto desenvolvido pela Engenharia Civil, inspirado em pesquisas norte-americanas, visa desenvolver um cimento alternativo que não prejudique o meio ambiente. Como explica a coordenadora do curso, Fernanda Macedo Pereira: “A indústria cimenteira é vista como vilã para o meio ambiente. Para que se tenha uma ideia, uma tonelada de cimento produzido lança no ar, aproximadamente, a mesma quantia de CO2. Então, esse projeto busca a obtenção de um cimento alternativo a partir de resíduos”, explica.
Natalie Oliveira
Maio/2017
Curso de Estética e Cosmética trabalha com a autoestima das pessoas
Foto: Larissa Ferreira
portadoras de necessidades que frequentam as aulas de fisioterapia. Enquanto a sessão se desenvolve, as mães recebem atendimento estético. O projeto Noite dos Sonhos é desenvolvido com o curso de Fotografia, nele as jovens debutantes em vulnerabilidade social são maquiadas pelas alunas do curso de estética e fotografadas concretizando um sonho.
A coordenadora dos cursos, Mônica Magdalena Descalzo Kuplich, explica: “A diferença dos dois é que, como o bacharelado tem um ano a mais, existem disciplinas que são comuns a área da saúde, o que possibilita o conhecimento maior sobre as políticas da área”. Segundo ela, o aluno tem mais tempo para a pesquisa e a prática em algumas disciplinas como a Facial e Corporal.
“Eu costumo dizer que esse é o lado bonito da estética. Porque toda a pessoa, seja de qual for a camada social, possa a se ver no espelho e ficar feliz com o resultado. A estética funciona de dentro para fora também, mas essas pessoas, às vezes, estão muito machucadas pelas dificuldades da vida e, quando veem algo feito para o externo, isso colabora com a autoestima”, finalizou.
Os alunos de aulas práticas e de estágio do Curso Superior de Tecnologia em Estética e Cosmética e o Curso de Bacharelado em Estética realizam atendimentos de massagem modeladora para redução de gordura localizada, técnicas de peeling, reflexologia, visagismo, shiatsu facial, bronzeamento artificial e tratamentos dermatológicos supervisionados por professores. Os valores cobrados são de R$ 25,00 para o público externo e R$ 20,00 para funcionários, professores e alunos da Instituição. Os atendimentos podem ser agendados pelo telefone (51)3477-9202.
A Estética participa de diversos projetos comunitários, um deles em parceria com o CIEPRE (Centro Interdisciplinar de Estudos em Psicomotricidade Relacional). Nesse projeto o curso de Educação Física recebe crianças
Natalie Oliveira
Maio/2017
Kamila busca no curso de Estética e Cosmética a realização profissional
A acadêmica defende a opinião de que as pessoas devem dar ênfase a felicidade nas suas vidas. “Acabei me desmotivando com a área da contabilidade. Eu não tinha prazer em trabalhar, em buscar meus objetivos. Por isso, eu digo que nós devemos escolher algo que nos dê motivação para acordar de manhã e ir trabalhar. Foi uma mudança radical, mas não me arrependo. Faço aquilo que gosto e a tendência é melhorar. O dinheiro é importante, mas a medida que você vai se realizando, ele vem naturalmente”, finalizou.
Kamila Weber, 26 anos, acadêmica do 3º semestre de Estética e Cosmética na Ulbra Canoas, é um exemplo da incessante busca da realização profissional. Formada no curso Técnico de Administração, a moradora de Gravataí decidiu dar um novo rumo a sua vida, após trabalhar em um escritório de contabilidade pelo período de 5 anos.
A jovem estava em um emprego estável, porém, viu que a motivação não era a mesma de antes. Ela se sentia entediada e infeliz. Com isso, Kamila decidiu tomar um rumo diferente. Escolheu um curso onde pudesse expressar a sua criatividade e trabalhar com pessoas. “A melhor coisa que existe no mundo é fazer aquilo que você gosta, maquiagem, cabelo. Toda a profissão que se relaciona com as pessoas, eu faria até mesmo sem ganhar”, frisou.
Kamila viu na Ulbra a oportunidade de poder dar prosseguimento à sua vontade. Bolsista do Prouni, após pesquisar várias instituições escolheu estudar na Ulbra devido à qualidade do ensino. “Primeiro eu decidi pelo curso. Depois disso, comecei a pesquisar sobre as instituições. Acabei percebendo que a Ulbra oferecia a melhor grade curricular e uma boa parte prática. Vi que no Rio Grande do Sul a Ulbra é referência. Por isso optei em vir para cá e estou muito feliz”, salientou.
Thiago Ribeiro
Abril/2017
“Precisamos traçar um objetivo e ir em busca dele”
Foto: Aldrin Bottega
Após ficar muito tempo longe dos estudos, Otília resolveu retornar para as salas de aula a fim de incentivar os filhos a nunca parar de estudar. Começou com cursos de menor duração, entre eles, Técnico de Informática. Apesar de não seguir na área, a vontade de continuar se aprimorando cresceu, e hoje está no primeiro semestre do curso de Direito. Quanto à escolha, Otília diz se sentir muito bem. “Foi o curso que me chamou a atenção. Apesar de ser um pouco difícil, eu estou gostando muito. Todos os colegas do curso estão me tratando bem, me ajudando muito.”
Otília ainda reforça que o apoio familiar foi fundamental para o seu retorno às salas de aula. Perdeu seu marido muito cedo, e por isso acabou criando os filhos sozinha. Sempre ponderou sobre a importância dos estudos a eles, mantendo essa corrente de colaboração e apoio mútuo. Com isso, hoje um está formado, enquanto os outros dois ainda estão cursando Mecatrônica e Administração, respectivamente. “Sempre fomos unidos. Recebi um incentivo enorme dos meus filhos para retornar a estudar e concluir uma faculdade”.
Para aqueles que pensam retornar aos estudos, reforça o quanto isso é importante, e como isso impacta na vida das pessoas. “Não podemos ter medo, nem insegurança. Devemos acreditar em nós mesmos e na nossa capacidade. Traçar um objetivo e ir em busca dele”, finalizou.
Na edição de abril do Identidade Ulbra, entrevistamos a funcionária Otília Fontoura, 45 anos. Moradora de Canoas, além de trabalhar na Instituição, cursa Direito no turno da noite, após ficar em torno de 30 anos sem entrar em uma sala de aula.
Otília trabalha no Campus Canoas há 2 anos, no setor de limpeza. Sua função consiste em manter os ambientes e salas de aulas sempre organizados e limpos, uma vez que o fluxo de pessoas transitando na Instituição é intenso. Antes disso, trabalhou por muitos anos em casa de família. Até então nunca havia trabalhado em uma Universidade. “É a primeira experiência que eu estou tendo em uma Universidade. O ambiente é ótimo. Eu me sinto bem em trabalhar aqui na Ulbra. É um clima agradável”, salientou.