Março/2017
DCE organiza debate sobre a violência contra a Mulher
As convidadas Juliana Napp, Manuela D’avila, Patricia Fan e Stéphanie Do Prado, do DCE
A Defensora Pública Patricia Fan abordou a parte jurídica do tema, demonstrando como chegam as denúncias de violência até ela e o encaminhamento que é feito, desde o atendimento psicológico com a vítima, até a abertura de processo contra o agressor. Já a assistente social Juliana Napp lembrou que muitas vezes os principais agressores são os maridos, amigos ou pessoas conhecidas e que as mulheres preferem não denunciá-los por medo de perder os filhos e não ter para onde ir.
Sobre a declaração polêmica do Presidente da República Michel Temer sobre as mulheres que trabalham fora de casa, Manuela afirmou que não foi um erro ou lapso. “O Presidente expressou a cultura machista e conservadora que oprime as mulheres. Isso não é gafe, mas sim cultura. Foi o registro de uma cultura que nós precisamos superar”.
Segundo a deputada, a reforma na Previdência é fruto de vários discursos mentirosos. “O principal argumento deles é que o brasileiro trabalha pouco. Um exemplo de quem trabalha pouco é o Presidente, que se aposentou aos 55 anos. Já a maioria do povo brasileiro trabalha, e muito. Comparar o tempo de contribuição do brasileiro com o trabalhador europeu é ridículo. Na Europa, eles possuem transporte público de qualidade, algo que nós aqui não possuímos, por exemplo”.
Ainda sobre as reformas trabalhista e previdenciária, Manuela D’avila é enfática ao opinar sobre essas mudanças. “É a validação de um trabalho semi-escravo no nosso País. Como nós atingiremos a competitividade com outras potências mundiais? Esse é o debate que está sendo dado em última estância. Vai ser explorando o trabalhador ou agregando valo ao que nós produzimos? É o grande debate que o Brasil precisa fazer”.
Quando perguntada sobre o baixo número de mulheres eleitas para cargos políticos, Manuela foi categórica. “Um dos motivos é a realidade da maioria das mulheres. As pessoas praticam e falam sobre política apenas no tempo livre. E que tempo essa mulher vai ter, com uma jornada dupla ou tripla, sendo que o Estado é ineficiente e muitos homens não a ajudam em casa nos cuidados dos filhos? E também há uma culpa dos partidos político, que disponibilizam pouco espaço para as mulheres em seus programas. Não é verdade que o povo não vota em mulher, tanto que já elegeu uma para presidente”, finalizou.
Thiago Ribeiro
Na noite da quinta-feira (09), no auditório do prédio 1 ocorreu o debate sobre A violência contra a Mulher, organizado pelo Diretório Central dos Estudantes (DCE). Para falar sobre o tema, estavam presentes a Deputada Estadual Manuela D'avila, a Defensora Pública do Núcleo de Defesa da Mulher Patricia Fan e Juliana Napp, Assistente Social do Centro de Referência para Mulheres Vitimas de Violência Patrícia Esber.
Com o auditório completamente lotado, as palestrantes argumentaram com dados e também com experiências próprias sobre este problema social. "Depois que eu ganhei a Laura, eu vi que o machismo ficou mais forte comigo, mas como eu sou uma mulher pública e de muita voz, nunca deixei que chegasse a outro ponto. Criticaram-me até mesmo por amamentar a minha filha em público. É um absurdo sexualizar ou taxar isso como impróprio, sendo que é um ato natural", frisou a deputada.
Thiago Ribeiro
Março/2017
Férias é uma palavra com diferentes significados. Para alguns, é tempo de reunir os amigos, curtir festas e viajar para o litoral. Outros dispensam isso tudo, dando prioridade à tranquilidade em família. É o que a estudante de Jornalismo da Ulbra, Jéssica Roloff, 21 anos.
A acadêmica é natural de Chuvisca, localidade com aproximadamente 5 mil habitantes, próximo de Camaquã e distante 155 Km de Porto Alegre. A região pacata foi um dos cenários dos seus verões, e ela garante que não troca essa calma pelo agito do litoral. “Aqui todos se conhecem pelo nome. Podemos sair tranquilamente sem nenhum perigo. Isso é ótimo, e eu não abro mão dessa paz”, ressaltou.
Durante este período de descanso, Jéssica divide o tempo livre entre leitura e séries de tv, já que no decorrer do período letivo isso não é possível. “Com a falta de tempo,
acabo deixando tudo acumular. Nas férias tenho tempo de ler e assistir minhas séries e filmes”.
Quando não está em Chuvisca, a estudante viaja junto de sua família até a cidade de Arambaré, próxima também de Camaquã. A praia de água doce é conhecida por receber inúmeros turistas durante o verão. “É um local agradável. Há muitas opções de lazer, como os shows variados nos fins de semana. Diversão não falta”, afirmou.
Questionada se tem um cuidado especial diferente durante a estação, Jéssica afirmou que não faz nada muito elaborado. “Não costumo cuidar da alimentação ou algo do tipo. Ela continua normal. A única atenção que tenho é com o sol e também com os banhos de rio ou mar”.
Quando a estudante tinha 10 anos, viu um amigo da família morrer afogado. Este fato marcou Jéssica, que costuma não testar os limites das águas. “Lembro como se fosse hoje. Por ser uma pessoa próxima, aquilo me marcou muito, e por isso respeito os locais próprios para banho”.
Sobre a lembrança mais viva que tem sobre férias, Jéssica recordou dos tempos em que acampava e pescava com os seus pais. “Costumávamos viajar para o interior acampar e pescar. Meus irmãos não gostavam muito, e então éramos apenas nós três olhando as estrelas e aproveitando a natureza”, finalizou.
Jéssica Rolloff aprecia a calmaria da cidade natal para descansa
Férias tem que ter acampamento, pescaria e atividades em família
Thiago Ribeiro
Março/2017
Foi anunciado, no dia 20 de fevereiro, os vencedores do III Concurso de Crônicas da Universidade Luterana do Brasil. As três melhores produções serão premiadas e comporão, juntamente com as demais finalistas, um livro digital com os 30 textos escolhidos.
O concurso tem como objetivo estimular os estudantes da Universidade e seus colaboradores, de todo o país, à produção/criação de crônicas, a diversificação de experiências de escrita de modo a desenvolver a sensibilidade estética e a imaginação e a valorização talentos da comunidade Ulbra nas regiões onde a instituição se faz presente.
Ana Caroline Maciel Szezecinski, aluna do curso de Jornalismo e estagiária da Agência Experimental de Comunicação Integrada, Agex, foi a vencedora do prêmio. Ela destacou a importância dos concursos no âmbito
acadêmico. “Esse foi o primeiro concurso que participei. Nunca me inscrevi, por receio e inibição. Mas decidi enviar o meu texto, pois achei o tema interessante e muito atual. É ótimo poder expressar a sua opinião e visão de mundo, sem claro esquecer da verdade e da informação”.
Os trabalhos foram avaliados por uma comissão especializada constituída por profissionais de dentro e de fora da instituição, indicados pela comissão organizadora. Foi levado em conta questões formais e estéticas, bem como a riqueza de conteúdo e originalidade de abordagem do tema.
Os três primeiros lugares receberam um tablet e uma bolsa de estudo para um curso à distância de criação literária no instituto Metamorfose Cursos.
Vencedores
1º lugar: Cabeça Colorida - Ana Carolina Maciel Szezecinski - Curso Jornalismo - Ulbra Canoas
2º lugar: Pequena amostra dessa gente - Tércio Santos Vieira Carvalho - Curso Psicologia - Ulbra Palmas
3º lugar: Pátria amada, mãe gentil? - Halana Santos - Curso Letras - Ulbra Canoas
Vencedora do prêmio, Ana enfatiza a importância do concurso para expressar opiniões
Vencedores do III Concurso de Crônicas da Ulbra são divulgados
Thiago Ribeiro
Março/2017
A transição do Ensino Médio para a Universidade é marcante para todos aqueles que atravessam esse período. A vida acadêmica exige dedicação e empenho. E para Johan Strassburger, 18 anos, essa fase de transformação está apenas no início. Morador de Cachoeirinha, região metropolitana de Porto Alegre, o acadêmico de Jornalismo iniciou os estudos neste semestre, e nos contou como está sendo até aqui a experiência.
Antes de ingressar na faculdade, Johan possuía dúvidas sobre o caminho a seguir. Chegou a cogitar cursar Publicidade e Propaganda, Medicina e Segurança do Trabalho. Porém, optou pelo Jornalismo. A sua facilidade na escrita vem desde os tempos de colégio. “Sempre tive facilidade em escrever. Minha matéria preferida era Português, enquanto em Matemática eu não era tão bom”, frisou Johan.
Prestou vestibular em outras instituições, mas acabou optando pela Ulbra. O diferencial foi o fato de já conhecer pessoas que estudam na instituição. “Vários amigos e conhecidos já estão aqui. Sempre falaram bem da Universidade. Isso pesou na hora de escolher onde estudar”.
Como tudo é novo nesta fase, o jovem estudante afirmou que, por enquanto, ainda está conhecendo os colegas, mas já se sente inserido no curso. “Fui bem acolhido, tanto pelos professores, quanto pelos colegas. Me sinto à vontade pelo campus”.
Johan pretende inovar e fazer algo diferente dentro da profissão. Sobre a área que pretende seguir, Johan afirma que ainda não há nada pré-definido. “Admiro vários jornalistas, mas procuro não tentar ser parecido. Quero marcar meu nome no Jornalismo, fazendo algo inovador e que ninguém fez ou explorou”, ressalta.
Apesar da indefinição sobre o rumo do jornalismo atual, o acadêmico afirma que pretende priorizar a imparcialidade, uma vez que o profissional não pode ser tendencioso, prezando sempre pela verdade. “Vejo que um jornalista deve apenas informar. Ser o canal entre a informação e o público. Divulgar informações distorcidas é prejudicial para a sociedade”.
Além do jornalismo, a área do cinema e do teatro lhe atraem. Deseja conciliar e, até mesmo, aliar essas áreas com a formação. “Gosto muito de filmes. Acho legal até os bastidores. Me chama muita atenção. Pretendo somar isso com o curso que estou fazendo”.
Para aqueles que ainda não iniciaram os estudos, Johan cita uma frase que leva como lema. “O mundo é como um grande livro. Devemos explorar e sempre procurar aprender”, finalizou.