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Relatórios sobre crimes durante a Ditadura Militar são de livre acesso à população



No dia 1° de abril de 1964, o Exército Brasileiro realizou uma manobra que culminou em a Ditadura Militar que perdurou por mais de 20 anos. Neste período, uma série de crimes e violação dos direitos humanos por parte das forças do Estado ocorreram, e foram acobertadas durante muito tempo. Porém, em 2012, um grupo de pessoas formou a Comissão Nacional da Verdade (CNV), voltada para análise e investigação dos crimes cometidos por militares durante o regime.

A CNV trabalhou durante dois anos escutando vítimas e testemunhas que sofreram algum tipo de violência, por parte dos militares. Além disso, agentes da força, responsáveis pelas violações, também prestaram depoimento. Ao todo, oito relatórios foram montados com as investigações feitas pela comissão. O primeiro deles, lançado em 18 de fevereiro de 2014, traz informações referentes a espaços e quartéis onde ocorreram torturas. Outros documentos trazem especificações sobre crimes com forte suspeita de influência militar, ou a mando deles, como a morte do ex-presidente Juscelino Kubitschek.

Em um dos relatórios é possível conhecer a história de vida e circunstância da morte das 434 pessoas assassinadas ou desaparecidas durante o Regime Militar. Entre eles está Alfeu de Alcântara Monteiro, conhecido como a primeira vítima da Ditadura. Monteiro instituiu uma força especial para garantir a chegada em segurança do presidente deposto João Goulart a Porto Alegre, no dia 1°de abril de 1964. Três dias depois, em uma reunião com os oficiais superiores o militar acabou sendo morto, por desobediência, ao ajudar o ex-presidente.

Todos os documentos com relatos de vítimas, militares e resultado das análises são de livre acesso. O povo brasileiro pode buscar essas informações por meio deste link.

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