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Relatório constata que o nível de confiança no jornalismo caiu em todo o mundo


A edição 2019 do Digital News Report focou no crescimento populacional, instabilidade política e econômica, crescimento da tecnologia e seu impacto na sociedade. O relatório é realizado desde 2012 pelo Reuters Institute, da Universidade de Oxford, e se tornou uma referência nas pesquisas sobre a indústria mundial de notícias.

Nic Newman, um dos membros do departamento de pesquisa, publicou no site da instituição um resumo com algumas das principais conclusões obtidas através do relatório. Ele abre o texto falando sobre as novas tendências geradas pelo crescimento da tecnologia e o quanto isso impactou nas redações. Segundo ele, a eficiência que outras plataformas oferecem com relação a publicidade, como Instagram e Facebook, fez com que muitas empresas decidissem investir nessas redes. Isso causou um prejuízo para os jornais, já que muitas organizações deixaram de comprar seus espaços publicitários. Essa migração foi um dos fatores que contribuiu para a onda de demissões nos meios tradicionais e, também, digitais. Para reverter essa situação, os jornais estão buscando vender assinaturas e outras formas do leitor contribuir para a geração de conteúdo. Diante dessas mudanças, Newman afirma que a missão do jornalismo, de ajudar o público a entender o mundo ao seu redor, começa a ser questionada.

Essas questões foram a base para o Digital News Report 2019. O relatório entrevistou mais de 75 mil consumidores de notícias, em 38 países. Abaixo algumas das conclusões mais importantes da pesquisa:

  • Em todos os países, o nível médio de confiança nas notícias caiu 2 pontos percentuais. No Brasil, a confiança caiu 11 pontos percentuais de 2018 para 2019 e agora está em 48%.

  • Apesar dos esforços da indústria, houve apenas um pequeno aumento no número de pessoas que pagam por notícias online. E esse crescimento ainda se concentra nos países nórdicos (34% na Noruega e 27% na Suécia). No Brasil, subiu 2,9% no comparativo anual.

  • Houve um aumento de 32% no percentual de pessoas que evitam ativamente as notícias (a última pergunta sobre isso foi feita há dois anos). Entre os motivos estão o efeito negativo no humor ou a impotência para mudar os acontecimentos.

  • Pessoas com atitudes populistas são mais propensas a ter a TV como sua principal fonte de notícias, mais propensas a confiar no Facebook para notícias online e menos propensas a confiar na mídia geral.

  • Em muitos países, gasta-se menos tempo com Facebook e mais tempo com WhatsApp e Instagram. Aplicativos de mensagens continuam a crescer. O WhatsApp se tornou uma rede primária para discutir e compartilhar notícias em países como o Brasil (53%).

  • Mais de um terço da amostra combinada (36%) consome pelo menos um podcast por mês e o percentual aumenta para 50% em pessoas com menos de 35 anos.

Confira a pesquisa completa aqui.

Fonte: Digital News Report; Farol Jornalismo

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