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Listados | 5 mulheres que fizeram história no Brasil


O “Listados” dessa semana está girl power. Hoje é Dia das Mulheres e nós trouxemos uma lista de 5 brasileiras que contribuíram para a história do nosso país.

Nessa edição não teremos um “especialista”, mas nos inspiramos em uma listagem que a BBC fez sobre esse mesmo assunto. Após uma reportagem sobre a história de Emmy Noether - matemática que desafiou as universidades ao cursar o ensino superior e foi citada como “genial” por Einstein - ser veiculada na BBC Brasil, vários leitores começaram a sugerir nomes de mulheres que deveriam ser estudadas com mais ênfase nas escolas. A emissora selecionou 10 brasileiras citadas nos comentários e dessas, nós escolhemos cinco.

Prepare-se para um mergulho na história:

Cora Coralina

A nossa primeira girl power é a poetisa brasileira Ana Lins dos Guimarães Peixoto, conhecida como Cora Coralina. Ela nasceu em 1889 no Estado de Goiás e cursou apenas até a terceira série do curso primário, mas isso não a impediu de se tornar uma das vozes femininas mais relevantes da literatura nacional.

Publicou seu primeiro livro aos 75 anos, mas desde os 14 já escrevia seus próprios poemas e contos. Em 1908 teve um de seus textos, criado com algumas amigas, publicados no jornal “A Rosa”. Entre suas conquistas estão: a posse da quinta cadeira da Academia Feminina de Letras e Artes de Goiás, o título de Doutor Honoris Causa da UFG, o Prêmio Juca Pato da União Brasileira dos Escritores e a posse da cadeira nº 38 da Academia Goiana de Letras. Cora escrevia sobre o tempo e o futuro, sempre destacando a realidade das mulheres dos anos de 1900.

“Não podemos acrescentar dias à nossa vida, mas podemos acrescentar vida aos nossos dias.” - Cora Coralina

Tarsila do Amaral

Provavelmente você já deve ter ouvido falar de Tarsila do Amaral ou pelo menos ter recriado um de seus quadros na escola, o “Abapuru”. A pintora nasceu em 1886 no interior de São Paulo e junto com os escritores Oswald de Andrade e Raul Bopp, lançou o movimento "Antropofágico", que foi o mais radical do período Modernista.

Pintou seu primeiro quadro, “Sagrado Coração de Jesus”, aos 16 anos. Apesar de não ter participado diretamente da Semana de Arte Moderna, se integrou com os intelectuais modernistas e fez parte do “Grupo dos Cinco”, junto com Anita Malfatti, Oswald de Andrade, Mário de Andrade e Menotti del Picchia. Em 1929, fez sua primeira exposição individual no Brasil. A artista trabalhou como colunista nos Diários Associados onde ilustrava retratos de grandes personalidades. Participou da I Bienal de São Paulo, adquiriu uma sala especial na VII Bienal de São Paulo e teve participação especial na XXXII Bienal de Veneza.

Anita Garibaldi

Em 1921 nascia, em Santa Catarina, a mulher que posteriormente seria chamada de “Heroína dos Dois Mundos”. Anita Garibaldi recebeu esse título por ter participado de diversas batalhas no Brasil e na Itália, ao lado de seu marido. Lutou na Revolução Farroupilha (Guerra dos Farrapos), na Batalha dos Curitibanos e na Batalha de Gianicolo, na Itália.

A revolucionária brasileira participou ativamente do combate de Imbituba e da batalha de Laguna, onde carregou e disparou um canhão. Anita também acompanhou o marido nas lutas pela unificação da Itália e foi reconhecida por sua bravura. Em 1849, durante um combate em Roma, vestida de soldado e grávida de cinco meses, Anita contraiu febre tifóide e acabou não resistindo.

Chiquinha Gonzaga

Chiquinha Gonzaga foi uma compositora, pianista e maestrina brasileira. Ela nasceu em 1847 e foi a primeira mulher a reger uma orquestra no Brasil. Além disso, é autora da primeira marchinha de carnaval "Ô Abre Alas".

Casou-se aos 16 anos e aos 18 decidiu abandonar o marido, que não concordava com sua atividade musical. Ficou conhecida pela militância política e foi ativista de grandes causas sociais, especialmente a abolição da escravatura. Também foi a fundadora da primeira instituição arrecadadora e protetora dos direitos autorais no país.

Irmã Dulce

Conhecida como o “Anjo bom da Bahia”, a Irmã Dulce dedicou a sua vida a ajudar os doentes, pobres e necessitados. Ela nasceu em 1914, na Bahia e já na adolescência começava a desenvolver sua missão que, mais tarde, a faria conhecida como uma das ativistas humanitárias mais importantes do século 20.

Dulce ajudou a fundar diversas instituições filantrópicas, como o Hospital Santo Antônio. Foi indicada ao Prêmio Nobel da Paz, em 1988 e beatificada, em 2011.

Fonte:

BBC

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