Fotógrafo lança livro mostrando as diversas faces dos gaúchos
Nascido em Bagé, o fotógrafo Eurico Salis sempre teve na fotografia uma forma de se expressar. Em 1983, aos 24 anos, teve o seu trabalho exposto no Museu de Artes do Rio Grande do Sul, sua primeira exposição individual. De lá para cá, suas fotos ganharam o mundo mostrando a realidade de diferentes perspectivas. Agora, nesta terça-feira (23), o artista faz o lançamento oficial de seu terceiro livro, “Cultura e identidade”, acompanhado da exposição homônima, no Memorial do Rio Grande do Sul. Este trabalho é a conclusão da trilogia iniciada por Salis em 2012, com o trabalho “O solo e o homem”.
O livro é o primeiro produzido no Brasil com acesso integral a deficientes visuais, contando com audiodescrição. Nesta nova obra, o fotógrafo faz o encerramento do mapeamento do povo local do Rio Grande do Sul. Tanto no livro quanto na exposição Salis traz os diferentes gaúchos que vivem no Estado. Segundo o artista, “somos multifacetados. Com descendentes árabes, russos, poloneses e outros. Isso nos torna um povo que agrega ancestralidade nos costumes”. Para ele, não deveria ser valorizado apenas a imagem do gaúcho tradicionalista, mas também as outras formas culturais presentes no Rio Grande do Sul. “Nenhum se sobrepõe ao outro. Somos todos gaúchos”, conclui Salis.
Nos trabalhos que compõem a trilogia, “O solo e o homem” (2012) e “Homens e máquinas” (2017), Salis traz, no primeiro, as diferenças entre a relação do ser humano e o solo gaúcho. Já no segundo, temos a vivência das fábricas e indústrias gaúchas diretamente ligadas ao homem.
O livro tem o custo de promocional de R$ 50,00 e preço normal de R$ 100,00. Além disso, 600 exemplares foram doados para instituições de caridade do Estado para que possam comercializar os livros e ter a renda revertida. Já a exposição no Memorial do Rio Grande do Sul vai até o dia 31 de maio, após seguirá para Montenegro.
Para conhecer melhor o trabalho desenvolvido pelo fotógrafo você pode acessar o site. Nele, há algumas das principais obras do acervo produzido, contando com mais de 50 mil imagens para comercialização.
Foto: joão Mattos/Divulgação
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