Ecobarreira impede que mais de 540 toneladas de lixo cheguem ao Guaíba
Neste Dia Internacional do Meio Ambiente, nossa equipe relembra a importância do projeto que tem auxiliado a preservação de um dos maiores bens naturais de Porto Alegre.
A Ecobarreira do Arroio Dilúvio foi instalada há três anos entre as avenidas Borges de Medeiros e Edvaldo Pereira Paiva. A estrutura impede que materiais como plásticos, isopores, galhos, madeiras e lodo cheguem ao Guaíba. Atualmente, mais de 540 toneladas de resíduos já foram recolhidos.
O projeto é pioneiro na América Latina e funciona da seguinte maneira: as boias amarelas flutuantes, colocadas em posição diagonal, fazem com que todo o lixo carregado pela correnteza seja arrastado para a outra margem, onde é acumulado em uma espécie de gaiola. Quando essa estrutura de metal enche, ela é suspensa para ser esvaziada. Esse processo pode acontecer várias vezes ao dia, com um fluxo mais intenso em períodos chuvosos.
O Jornal do Almoço realizou uma matéria em julho de 2018 sobre o local. O repórter Josmar Leite entrevistou um dos funcionários que trabalha recolhendo os resíduos. Segundo ele, os itens mais comuns são garrafas plásticas e papelão, mas já foram encontradas cabeças de manequim, geladeiras, colchões e até “liquinhos”. Durante a gravação, a gaiola foi esvaziado uma vez e foram retirados 132 kg de lixo.
A ecobarreira foi implantada e é mantida pela Safeweb. Mensalmente, são gastos mais de R$ 20 mil para manter a estrutura. Segundo Luiz Carlos Zancanella, idealizador da iniciativa, o objetivo é provocar um impacto na população para que ela enxergue o que acontece com o lixo descartado de forma incorreta. O Instituto Safeweb busca agora levar a iniciativa para outros rios da região. No mês passado, a empresa divulgou nas redes sociais que uma ecobarreira está sendo planejada no município de Cachoeirinha.
