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CIEPRE e sua fantástica fábrica de criatividade


Na sala 250, do terceiro andar do prédio 55, funciona uma fantástica fábrica de criatividade. A equipe Agex teve a oportunidade de ganhar um bilhete dourado para conhecer o espaço e os artistas que fazem parte dele. Passamos alguns minutos lá e ouvimos a história de pessoas que alimentam um grande amor pela educação.

O Centro Interdisciplinar de Estudos e Pesquisa em Psicomotricidade Relacional (Ciepre) é um projeto que existe há 15 anos para prestar assistência a pessoas com deficiência e seus familiares. Atualmente, ele está sob a coordenação do professor Ivan Basegio, que também foi o seu criador. O projeto abrange diversos cursos da Ulbra como: Educação Física, Fisioterapia, Fonoaudiologia e Pedagogia. O trabalho que tivemos a oportunidade de conhecer, por uma tarde, foi o da Pedagogia.

Todas as quartas-feiras, das 14h às 15h30min, a professora Rozi Ranzolin se reúne com os monitores Felipe Rodrigues e Fátima Rossi para promover oficinas de arte a crianças e jovens com deficiência. A “aula” inicia com um momento de relaxamento e depois os alunos são conduzidos para uma atividade. “Elas são sempre coletivas porque temos alguns autistas na turma, então é importante que eles estabeleçam uma rede de contato com os outros”, relata a professora Rozi. Após esse momento, os artistas em formação recebem materiais alternativos para iniciar suas criações. No dia da visita, a proposta era que cada um criasse a imagem de sua mãe a partir de um rolo de papelão. Para isso, eles tinham a sua disposição tinta, tecido, cola, lápis e outros materiais. “Não olhamos a dificuldade, mas a potência e criatividade que eles têm.”, afirma Ranzolin.

Felipe Rodrigues é um dos monitores do projeto. Ele se formou em pedagogia em 2015 pela Universidade e esse ano decidiu ser voluntário do Ciepre. Rodrigues relata que apesar de ser apresentado a educação especial enquanto estava no curso, não teve a oportunidade de vivenciar a prática na época. “O que me atraiu para essa área foi o fato do meu afilhado ser autista”, relata. “No início a gente não sabia como lidar e os primeiros desafios surgiram quando ele entrou na educação regular”, conta. Rodrigues concorda que as escolas ainda precisam sofrer grandes adaptações para receber essas crianças, de forma adequada. “Trabalhar com educação especial é um grande desafio, mas extremamente recompensador quando notamos a evolução de cada aluno”.

Fátima Rossi também iniciou o voluntariado no projeto esse ano. Egressa da Ulbra, ela relata que cursar pedagogia era um sonho de infância. “Eu queria mudar o mundo e sabia que era através da educação que eu iria fazer isso”,conta. Rossi entrou no Ciepre de paraquedas. No início, faria apenas um ensaio fotográfico com os alunos, mas acabou se apaixonando pelo trabalho e pelas crianças. Durante a conversa, ela relatou um momento especial que marcou a sua jornada como educadora. “Entrou um aluno novo na turma e ele ainda não havia falado conosco, algo normal nos primeiros encontros. De repente, em um dia, ele soltou um “não”, começamos a rir porque a voz dele era muito bonita. Contamos para mãe o que tinha acontecido, ela olhou para nós e disse: ‘como é a voz dele? Eu nunca ouvi’. Lembrar disso me emociona muito porque mostra o impacto que a educação tem na vida das pessoas”, relata Rossi.

A fantástica fábrica de criatividade e seus artistas estão de portas abertas para receber alunos que queiram ser voluntários ou desejem realizar pesquisas e estudos com o grupo. São aceitos estudantes de qualquer curso da Ulbra, basta entrar em contato com o coordenador Ivan Basegio ou com a professora Rozi Ranzolin. Para conhecer a oficina de arte, é só realizar uma visita nas quartas-feiras das 14h às 15h30min, na sala 250 do prédio 55 (Educação Física).

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