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App brasileiro conecta catadores a quem quer reciclar


No Brasil, mais de 600 mil pessoas trabalham como catadores. Juntos, eles são responsáveis por quase 90% da reciclagem no país. Paralelo a isso, uma pesquisa promovida pelo Sindicato Nacional das Empresas de Limpeza Urbana (Selurb), mostrou que 24% das residências brasileiras não possuem coleta seletiva e que 53% dos resíduos gerados no país são descartados inadequadamente em lixões a céu aberto.

Pensando em mudar essa realidade, surgiu o Cataki. O aplicativo foi criado em 2017 para facilitar o trabalho dos profissionais que coletam resíduos e, consequentemente, aumentar o aproveitamento desses materiais. A plataforma une catadores e pessoas físicas ou jurídicas que necessitem do trabalho desse profissional.

Como funciona

Qualquer pessoa pode instalar o aplicativo, gratuitamente, em aparelhos que tenham o sistema IOS ou Android. Para navegar na plataforma, basta fazer um cadastro. No caso dos catadores, é preciso indicar a região onde trabalha e preencher um breve perfil com dados pessoais, número de telefone e que tipo de material recolhe. Há também espaços para inserir fotos, história de vida e frases. Com esses recursos, os desenvolvedores pretendem dar voz a essas pessoas e permitir que elas mostrem quem são.

O Cataki funciona como um Uber. Através da localização, mostra quais catadores (representados pelas carrocinhas) estão mais próximos. Para contratar o serviço, a pessoa precisa entrar em contato diretamente com o profissional para combinar a retirada dos resíduos.

No início, o app pretendia impulsionar a coleta de materiais mais comuns como: plástico, papel, metal e vidros. Porém, o dispositivo cresceu e hoje abrange outros itens, como: móveis, eletrônicos, pilhas, tijolos, lâmpadas, entulhos, restos de poda e madeira. A principal orientação que os desenvolvedores dão aos usuários é que, em caso de materiais que não darão uma renda ao catador, ele seja pago pela prestação do serviço. Porém, as negociações são livres entre as duas partes e o app não fica com nenhuma parcela do dinheiro.

Corrente do bem

Atualmente o app está ativo em cerca de 200 municípios brasileiros. São Paulo, Rio de Janeiro e Recife são os estados que possuem maior número de profissionais registrados. Segundo os desenvolvedores, em todo o Brasil, já são mais de mil catadores cadastrados.

Todo esse sucesso rendeu ao dispositivo, em fevereiro de 2018, um prêmio durante o Fórum Netexplo, que aconteceu na sede da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), na França. O distinção foi concedida a projetos de tecnologia que têm impacto positivo nos âmbitos social e de negócios.

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