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Conheça os indicados ao Oscar 2018 de melhor filme

A Cerimônia do Oscar é nesse domingo (04/03) e você ainda não sabe os indicados a melhor filme? Tudo bem, nós da Agex montamos um resumo dos favoritos à estatueta de ouro para você ficar por dentro e não dar uma de Glória Pires.

Me chama pelo seu nome

Direção: Luca Guadagnino

Discussões intelectuais, artísticas e amorosas, sol e uma paisagem campestre no interior da Itália. É nesse cenário que a trama de ”Me chama pelo seu nome” se passa. O filme narra os acontecimentos de uma temporada de férias na vida do adolescente Elio (Thimotée Chalamet) na casa de campo da família, em 1983. Lá, o pai dele (Michael Stuhlbarg), especialista em cultura grego-romana, recebe o acadêmico Oliver (Armie Hammer), que viaja para ajudá-lo em sua pesquisa. Aos poucos, Elio e Oliver vão se aproximando.

É um clássico primeiro amor, tudo parece um sonho, mas ao mesmo tempo se aproxima da vida real mostrando suas contradições: sensual e constrangedor, pessimista e eufórico, decidido e desajeitado. Nada mais que o amor na sua mais pura forma.

O destino de uma nação

Direção: Joe Wright

Estamos em 1940, primeiras semanas da segunda guerra mundial e Churchill (Gary Oldman) assume, quase que acidentalmente, o cargo de primeiro ministro da Grã-Bretanha. Sua primeira missão? Decidir se deve aceitar os termos de um suspeito acordo de paz com Hitler (para o qual é pressionado) ou se confronta o ditador.

O filme se preocupa tanto em desenvolver a personalidade de Winston Churchill, quanto em mostrar a tensão da guerra, isso sem a necessidade de exibir batalhas, mortes e destruições. Há, ainda, uma preocupação em apresentar os sentimentos do povo, quando o político toma um metrô, feito inédito para um homem como ele, e vai ouvir pessoas comuns sobre suas expectativas coletivas. É um filme que não se limita a relatar apenas a "guerra pela guerra", mas tudo que envolve esse momento histórico.

Dunkirk

Direção: Christopher Nolan

Mais um filme histórico para você colocar na sua lista. Dunkirk reconta a batalha no Porto de Dunquerque, em um suspense que existe em função do combate. A trama acompanha simultaneamente soldados na praia por uma semana, um barco de resgate por um dia e o caça pilotado por Tom Hardy, por uma hora.

Dunquerque é uma das páginas mais bonitas da 2.ª Guerra – os pequenos barcos que se mobilizam para resgatar os soldados acuados na praia francesa. No início da operação – chamada Dínamo –, Churchill acreditava que conseguiria salvar, no máximo, 30 mil soldados dos 400 mil que lá estavam. Errou. Mais de 300 mil se safaram, escapando pelas pequenas embarcações. Nolan trabalhou para tornar a obra uma experiência estarrecedora, assim como foi na vida real, mostrando que a guerra é feita por anônimos.

Corra

Direção: Jordan Peele

Em Get Out é como se aquela famosa frase "Eu não sou racista, até tenho amigos negros" se transformasse em um filme. A trama gira em torna de um casal. Chris (Daniel Kaluuya) é um jovem negro, Rose (Allison Williams) é uma garota branca de uma família tradicional.

O casal viaja para conhecer a família de Rose e aparentemente Chris é bem aceito, mas há um clima de estranhamento no ar que só piora quando ele percebe que todos os empregados da casa são negros e sofrem bastante repressão.

Apesar do tema crítico e sério o filme também conta com cenas de humor, geralmente protagonizadas por Lil Rel Howery, que vive um amigo que cuida do cachorro de Chris enquanto ele está fora, no final de semana.

O filme mistura terror, ficção, comédia, traz questões raciais para a conversa e ainda nos dá um desfecho impagável, onde fica a impressão que o filme todo foi feito para a oportunidade de usar aquele final.

Lady Bird: A hora de voar

Direção: Greta Gerwig

Se prepare para as dores na bochecha, porque esse filme é daqueles que você sorri do início ao fim. Lady Bird é uma garota de 17 anos, espontânea e carismática que estuda em uma escola católica na cidade de Sacramento e vive de birras com a mãe, ao mesmo tempo que idolatra o pai.

Greta prova, através desse filme, que é possível fazer diferente a partir de uma ideia "batida". O filme não tenta dar um falso ar de seriedade à "jornada da maturidade", mas mostra a realidade cômica desse momento, com cenas mais profundos da personagem com a mãe. Tudo feito com leveza e sensibilidade

The Post – A Guerra Secreta

Direção: Steven Spielberg

Esse é especialmente para os estudantes de jornalismo. Algumas pessoas garantem que The Post jamais teria existido se Donald Trump não tivesse sido eleito. Afinal, foi a aversão do atual presidente dos Estados Unidos a imprensa que fez com que Steven Spielberg encarasse esse projeto e lançasse o filme, ainda em 2017.

Baseado em uma história real, The Post narra a trajetória do Washington Post, tido como um jornal de bairro e um negócio de família, até se tornar um dos veículos mais importantes e relevantes do mundo. O divisor de águas para esta empresa é exatamente o evento retratado no filme: a publicação de documentos secretos do governo, que afirmavam a cilada da Guerra do Vietnã – e tudo o que cercou esta epopeia jornalística

O filme traz uma defesa escancarada da imprensa, mostrando os bastidores e as pressões decorrentes de ser jornalista e manda uma importante mensagem sobre liberdade de imprensa. A trama é cheia de diálogos geniais, que tão bem expõem que a imprensa não é sinônimo de santidade ao tocar em temas espinhosos do meio, como possíveis favorecimentos a pessoas próximas quando algo negativo lhes acontece. Spielberg, no fim das contas, convida o público para o mundo real.

A forma da água

Direção: Guillermo del Toro

A história é apresentada como uma fábula que se passa na década de 60 e é protagonizada por uma "princesa sem voz". Muda, mas não infeliz, a faxineira Eliza Esposito (Sally Hawkins) trabalha em uma base secreta do governo dos Estado Unidos, que inclui um laboratório comandado pelo doutor Hoffstetler. Uma criatura dos confins da América do Sul é levada para lá e Eliza se afeiçoa a ela.

Quando os norte-americanos decidem usar o "monstro" como cobaia na corrida espacial e sua vida corre perigo, a protagonista resolve acionar o amigo e vizinho Giles e a companheira de trabalho Zelda, sua porta voz, que nos proporciona cenas hilárias, para ajudá-la em um elaborado plano.

Nada é aleatório em The Shape of Water. Com o filme, Guillermo del Toro, usa todas a ferramentas do cinema para criar um universo mágico, cheio de alegorias, que ilumina aqueles que não se encaixam. De forma resumida é um Shrek para adultos.

Três anúncios para um crime

Direção: Martin McDonagh

Você está andando em uma estrada onde quase ninguém passa, especificamente, na cidade de Ebbing, no Missouri, Estados Unidos, e se depara com três anúncios objetivos, indagações profundas que estampam outdoors antes abandonados. É aquele lugar que só circula "quem estiver perdido ou for muito idiota". Foi nesse lugar que a filha de Mildred (Frances McDormand) foi estuprada enquanto era assassinada.

A trama acompanha a impertinente busca da mãe por respostas. O caso ocorreu a 7 meses e a polícia local, tida como preguiçosa, ainda está sem "novidades". Cansada dessa negligência ela aluga três outdoors para provocar o xerife Bill Willoughby (Woody Harrelson) e exigir justiça.

Três anúncios para um crime, consegue ter momentos emocionantes e, ao mesmo tempo, engraçados. É um conto de vingança que expõe a hipocrisia de uma cidade pequena e deixa o julgamento final para o público.

Fonte: Omelete

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