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ONGs lançam ATA sobre controle de mídia no Brasil

Poder, no Brasil, significa negócios familiares. Assim como os ruralistas, antes chamados de latifundiários, os proprietários dos meios de comunicação possuem um vasto território nas ondas das TVs e das rádios, combinando interesses econômicos e políticos com o controle rigoroso da opinião pública. Nem a tecnologia digital e o crescimento da internet nem esforços regulatórios ocasionais limitaram a formação desses oligopólios.

Uma pesquisa conjunta da ONG brasileira Intervozes e da Repórteres Sem Fronteiras (RSF) mostra quem são os principais atores da mídia brasileira. O “Media Ownership Monitor”disponibiliza esses dados ao público em um site lançado hoje em São Paulo, disponível em português e inglês.

O Monitoramento da Propriedade da Mídia (Media Ownership Monitor/MOM) oferece uma imagem detalhada de quem são os proprietários da mídia no Brasil e de sua atuação em outros setores da economia. A pesquisa expõe o nível de concentração da propriedade dos meios de comunicação e mostra que o marco legal brasileiro é insuficiente para impedir que poucos grupos dominem o mercado. Também mostra a concentração dos centros de poder da mídia nas regiões Sul e Sudeste do país. A sede de três em cada quatro desses grupos fica na maior cidade do país, São Paulo.

“O MOM associa os nomes dos proprietários aos seus veículos de mídia, grupos econômicos e empresas em outros setores, sistematiza essas informações e as torna acessíveis ao público em geral”, afirma André Pasti, coordenador da pesquisa pelo Intervozes. A investigação, realizada pela equipe do Intervozes durante quatro meses, abrange os 50 veículos de comunicação com maior audiência no Brasil e os 26 grupos econômicos que os controlam.

Fonte: Associação Brasileira de Imprensa

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