Tio do Doce investe na ampliação da loja com novos produtos comestíveis
Um docinho sempre vai bem, independente da hora, correto? Há explicações médicas de que a vontade de doce é um aviso do corpo que necessita de glicose. Fisiologicamente falando, o açúcar é o alimento dos neurônios e das células cerebrais, e para se manter vivo, o corpo humano precisa dessa substância. Na Ulbra há o lugar certo quando a vontade aparecer. Conhecido por muitos como o Tio do Doce, Alexandre Sullimann, 41 anos, está à frente da lojinha “Doces do Um” do prédio 8.
Com um chimarrão e muita simpatia, Alexandre e sua funcionária, Nara Petter, estão sempre com um sorriso no rosto para receber seus clientes. Abertos todos os dias, fechado somente nas férias de verão, o espaço da pequena lojinha é bem movimentado. Valorizando o preço justo, o estabelecimento do tio do doce tem lugar reservado no coração e no estômago dos universitários.
Como começou tua história com os doces?
Minha história com os doces começou devido a um problema que eu adquiri no braço direito. É difícil conseguir um trabalho e ter uma oportunidade quando se tem uma deficiência motora, então, em parceria com a minha tia, começamos a vender docinhos na rua, nas feirinhas e em frente ao Hospital São Lucas em Porto Alegre.
Quem produz os doces?
Os doces são feitos pela minha tia, todo processo de produção é feito por ela. Eu só sei vender. (risos) Nós moramos em Sapucaia, então todo dia busco os doces e venho para a Ulbra.
Há quanto tempo estás aqui na Ulbra?
Estou aqui há 9 anos já. Depois de começar vendendo nas feiras e no hospital surgiu este espaço aqui na Universidade, foi um investimento e aposta que fizemos e que, graças a Deus, deu certo.
Como é tua relação com a Ulbra e com os alunos?
Eu já não vejo a Ulbra como 'A universidade', eu a vejo como a minha casa, eu gosto desse lugar. Até comentei e vou fazer, quando eu morrer quero doar meu corpo para a Ulbra, porque eu quero ficar aqui dentro, para eles pesquisarem, estudarem e tudo mais. O que mais recompensa a gente aqui são as pessoas, a relação que temos com elas. Conhecemos vários tipos de pessoas e convivemos diariamente com elas. Percebemos o carinho que os alunos têm com a gente. Eu já fui homenageado pelos cursos de Teologia e Agronomia.
Quais são os atrativos para chamar clientes? E em relação aos preços e promoções, como funcionam esses quesitos?
A gente tenta manter um preço bom e ganhar na quantidade, para chamar o cliente. Tem gente aí fora que diz que por eu trabalhar dentro de uma universidade posso cobrar caro, mas eu tenho consciência de que os estudantes têm faculdade para pagar, tem o transporte. É melhor vender barato e ter os estudantes felizes aqui. Agora estamos colocando água e queremos colocar picolé também. Já temos a promoção de uma água e dois docinhos por 5 reais e para o verão queremos colocar um picolé e 2 docinhos pelo mesmo valor.
Quais são os produtos que são oferecidos na loja?
A gente busca colocar coisas que não tem nos outros bares por aqui, então além do doce estamos colocando outras coisas boas e com procedência. Tu queres uma rapadura, vais ter uma aqui mais barata, vai ter um pé de moça, um alfajor. A gente busca diferenciar, tanto que pensei em colocar salgadinhos e consegui o da Paviolli, com preço acessível. É bom, tem nome e marca. E agora temos salgados, um por 4 reais e dois por 6 reais.
E como tu te sente trabalhando aqui todo esse tempo e tendo uma ótima relação com as pessoas?
Eu sou muito grato por tudo. Se a gente está aqui é por causa de vocês, eu sempre digo. Vocês não têm culpa dos problemas que a gente tem ou deixa de ter. O que vocês querem é chegar aqui, ser bem atendido, com um sorriso na cara, né, desejando coisas boas. Porque automaticamente quando tu desejas coisas boas para os outros, vem para ti mesmo.