Federação Internacional de Jornalistas condena fechamento de Al Jazeera em Israel
A Federação Internacional de Jornalistas (IFJ) criticou nesta segunda-feira, 07 de agosto, o governo de Israel por anunciar que fechará os escritórios da rede de TV Al Jazeera em Jerusalém, gesto que essa organização considera uma “caça às bruxas”.
Em comunicado, o presidente da IFJ, Philippe Leruth, afirmou que “A decisão das autoridades israelenses de fechar os escritórios Al Jazeera em Jerusalém e retirar as credenciais dos seus jornalistas sob uma acusação geral de apoiar a violência é um ataque à liberdade de imprensa e à liberdade da informação”.
No domingo, 06 de agosto, o ministro da Comunicação de Israel, Ayoub Kara, declarou a intenção de fechar os representações da Al Jazeera, após o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu ter acusado o veículo de "incitar à violência", decisão condenada pela emissora catariana.
Segundo a IFJ, as autoridades israelenses podiam ter exercido o seu "direito a réplica" no caso de considerar que "alguma informação difundida pela Al Jazeera era errônea". "Ao decidir não fazer isto e, por outro lado, se somar à campanha internacional contra a Al Jazeera, dão a impressão de que o que querem é silenciar uma voz que não os agrada, o que é contrário aos valores democráticos que representam", acrescentou a Federação.
A IFJ destacou que o Sindicato de Jornalistas Palestino, filiado a eles, denunciou que a decisão de Israel é "uma grave violação da liberdade de expressão e do direito dos jornalistas a trabalhar".
Fonte: UOL