Jorge Oliveira lança o livro ‘Muito prazer, eu sou a morte’
Em 1982, quando morava no Rio de Janeiro e trabalhava no Jornal do Brasil, o jornalista Jorge Oliveira recebeu um telefonema de dois amigos para que viajasse para Alagoas, sua terra natal, com urgência. Era véspera de cobrir o desfile das escolas de samba do Rio, mas não pensou duas vezes e viajou. Quando chegou em Maceió não poderia imaginar que os amigos descobriram e prenderam o homem que havia sido contratado para matá-lo.
“A primeira frase do sujeito foi ‘Muito prazer, eu sou a morte’. Ele havia sido contratado para me matar. Um episódio com a cara da ditadura. A partir daí, resolvi escrever essa e outras experiências que vivi tão impactantes e curiosas como essa, reunindo em um livro com essa frase: “Muito prazer, eu sou a morte”, comentou Jorge Oliveira. O livro, que está em sua segunda edição, será lançado na próxima segunda-feira (24), às 19h, na Livraria Travessa, na Rua Voluntários da Pátria, em Botafogo.
Jorge Oliveira, 69 anos, conselheiro da ABI, destaca ainda no livro bastidores da campanha das ‘Diretas Já’; episódios de cobertura jornalística do Governo Leonel Brizola; a divisão do partido comunista; o jornalismo sustentado pelos comunistas; histórias do empresário Roberto Marinho; entre outras experiências.
“O livro é indicado para quem viveu àquela época e para quem faz Comunicação”, sugere o também cineasta que tem em seu currículo o premiados filmes ‘Olhar de Nise’ e ‘Perdão, Mister Fiel’, além de “O poeta e o Capitão”, “A Esfinge – Floriano Peixoto” e “A Resistência de Marechal”. Jorge Oliveira ganhou o Prêmio Esso, em 1980, com a reportagem ‘Dossiê Nuclear’, quando contou a negociação do acordo nuclear entre o Governo Geisel e a Alemanha. A partir daí, o acordo que seria para a construção de 20 usinas nucleares no Brasil foi desfeito.
Fonte: Associação Brasileira de Imprensa