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Comissão apura falta funcional de jornalista da TVE por comentário no Facebook


Uma Comissão de Processo Administrativo Disciplinar foi nomeada pelo presidente da Fundação Piratini, Orestes de Andrade Jr., para apurar a falta funcional disciplinar do jornalista Alexandre Leboutte, que publicou um comentário considerado, por Orestes, ofensivo no Facebook. Na publicação, Leboutt, que atua na TVE há 20 anos, chamou o presidente da entidade de mentiroso, ao responder um post do jornalista Juarez Fonseca, sobre um encontro que teve com o presidente da Fundação.


A comissão, formada pelos servidores Cláudio Robles Nascimento, Luiz Gustavo da Rosa Moraes e Marcelo Vasconcelos da Silva, tem 30 dias para analisar os fatos que podem levar à demissão por justa causa do servidor que atua há 20 anos na casa. No texto, Leboutte escreveu que a programação das emissoras públicas é feita por funcionários concursados e que, para estarem no ar, a TV e a rádio precisam destes funcionários. “Caro Juarez, respeito muito teu trabalho. Converse com os funcionários da Fundação Piratini. Orestes mente muito, mas muito mesmo”, declarou. A equipe de Coletiva.net entrou em contato com Leboutte, que não quis se pronunciar sobre o caso.


Em resposta à acusação, Orestes falou que o funcionário atentou contra sua moral e honra ao chamá-lo de mentiroso. O presidente também afirmou que Leboutte falou inverdades sobre a Associação de Amigos da Fundação Piratini, a qual o servidor se refere como uma “‘Associação de Amigos’ formada apenas por quadros do PMDB, a começar pelo presidente e vice”. “Tais insinuações configuram irresponsabilidade pura. São agressões e acusações graves e infundadas, que não podem ser confundidas com liberdade de expressão e nem admitidas em um Estado Democrático de Direito”, proferiu Orestes em declaração oficial.


Em nota publicada no portal do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado do Rio Grande do Sul (Sindjors), o presidente Milton Simas declarou que a presidência da Fundação Piratini, ao instaurar a comissão, está instalando um clima ainda maior de tensão, “como se não bastasse a insegurança promovida pelo pacote de cortes de Sartori”. Ele disse que considera este processo “uma retaliação a servidores que estão lutando pela permanência da fundação”. E completou: “Com esta atitude, os representantes do governo ignoram o princípio básico de liberdade de expressão. Leboutte não pode ser penalizado pela sua fala em uma rede social”, finalizou.


Fonte: Coletiva.net

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